O GRANDE ORIENTE DO BRASIL – SANTA CATARINA - fundado em 12 de abril de 1950
O Grande Oriente do Brasil – Santa Catarina – GOB-SC –, remanescente do Grande Oriente do Estado de Santa Catarina – GOESC –, foi fundado em 12 de abril de 1950, em Florianópolis, formado pela união das Lojas Maçônicas Simbólicas, tendo como fins supremos a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade.
No início da década de 1950 existiam no Brasil somente os Grandes Orientes Estaduais de São Paulo, Ceará e Pernambuco, federados ao Grande Oriente do Brasil.Em Santa Catarina havia uma Delegacia Especial desde 1904, sendo Delegado o Ir.'. Sálvio de Sá Gonzaga. De 1920 a 1925 ocupou o cargo de Delegado Interino o Ir.'. Francisco Antônio Sommer. Em maio de 1925, pelo Ato nº 7 do Grão-Mestre Geral, foi nomeado para o cargo de Delegado do Grão-Mestrado no Estado de Santa Catarina o Ir.'. Nereu de Oliveira Ramos.
Em agosto de 1933, pelo Ato nº 1241, foi nomeado Delegado Especial o Ir.'. Major Pedro Augusto Carneiro da Cunha, “para o fim de fiscalizar, superiormente, os trabalhos das oficinas da jurisdição, dando força e vigor pelos interesses da Ordem naquele Estado.” O Ato foi publicado no Boletim do GOB daquele mês, à página 507. No mesmo ano de 1950, o Grande Oriente do Brasil, consciente da evolução gradativa em todo o território nacional, com o constante aparecimento de novas Lojas, viu-se na necessidade de criar novas unidades federativas.Em 10 de fevereiro, os Maçons Ylmar de Almeida Correa, João Batista da Costa Pereira, José Grumiché de Souza, Ticho Brahe Fernandes e Rodolfo Geraldo da Rosa encaminharam requerimento ao Muito Poderoso dos Soberanos Inspetores Gerais do Grau 33 e Último Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, no seio do Sapientíssimo Grande Oriente do Brasil, solicitando deferimento para regularização do Grande Oriente Estadual.
A instalação do Grande Oriente Estadual de Santa Catarina deu-se no dia 24 de julho de 1950, com a presença do Soberano Grão-Mestre Geral do GOB, além da representação dos Grandes Orientes de São Paulo e Pernambuco, Maçons do Rio Grande do Sul, Ceará, Bahia, Delegacia Especial do Estado do Paraná e Maçons de todas as Lojas catarinenses. Iniciou seus trabalhos provisoriamente no Palacete da Aug.'. e Resp.'. Loj.'. Simb.'. Regeneração Catarinense, à Rua Vidal Ramos, 80.O Diário Oficial do Estado publica, na sua edição de 30 de maio de 1952, (página 5) o texto integral da Constituição do Grande Oriente do Estado de Santa Catarina.
Em 1973 algumas Lojas romperam seus laços com o Grande Oriente do Brasil e criaram uma outra obediência estadual, autônoma e independente. Outras Lojas permaneceram fiéis, não deixando apagar a chama do Grande oriente do Brasil, acesa desde 1831, quando Jerônimo Coelho fundou, sob os auspícios do GOB, a Loja Maçônica Concórdia, a primeira Loja no território catarinense, semente de todas as outras subseqüentes.Com a cisão, o Sob.'. Ir.'. Osmane Vieira de Rezende, Grão-Mestre Geral do GOB, através do Ato nº 3.598, de 20 de agosto de 1973, nomeou o Ir. Francisco Antônio Evangelista para o cargo de Delegado Especial, “para cuidar dos interesses do Grande Oriente do Brasil no Estado de Santa Catarina”.
Em 05 de abril de 1979, pelo Decreto nº 2.637 do Grão-Mestre Geral foi autorizada a reinstalação do Grande Oriente do Estado de Santa Catarina, tendo sido nomeado Grão-Mestre Estadual o Ir.'. Rubens Vitor da Silva.Em 3 de dezembro de 2005 a Assembléia Estadual Maçônica aprovou emenda constitucional, alterando a denominação para Grande Oriente do Brasil – Santa Catarina (GOB-SC).O GOB-SC foi reconhecido como de utilidade Pública Estadual através da lei nº 7.711, de 30 de agosto de 1989, alterado pela Lei nº 10.526, de 30 de setembro de 1997 e reconhecido de Utilidade Pública Municipal de Florianópolis conformem Lei nº 3.249, de 18 de setembro de 1989.
O Grande Oriente do Brasil esteve permanentemente representado em Santa Catarina através de suas Lojas Maçônicas, desde 1831, num a trajetória ininterrupta, sem solução de continuidade, participando ativamente da história e da vida das pessoas e das comunidades catarinenses, como uma força viva e atuante e através dos maçons que as integraram ou as integram hoje, conscientes de seu papel social e da importante parcela de responsabilidade na manutenção dos postulados e dos princípios de nossa Sagrada Ordem.