55 ANOS DO GRANDE ORIENTE DO ESTADO DE GOIÁS

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

55 ANOS DO GRANDE ORIENTE DO ESTADO DE GOIÁS



Sou muito confortado pelo trânsito que tenho e pela acolhida da maçonaria goiana e brasileira, recebi a confiança dos maçons goianos que me elegeram e reelegeram em chapa única para o cargo de Grão Mestre Estadual. Sinto-me como cantado na música “Acácia Amarela”, que descreve uma Loja Maçônica, na inesquecível voz do maçom Luiz Gonzaga: “Aquela casa direita, onde me sinto tão bem. Sou um feliz operário”.



O vocábulo “maçonaria” vem do francês “maçonnerie”, que significa “construção”, “alvenaria”, “pedreira”. O termo “maçom” provem do inglês “mason” e do francês “maçon”, que quer dizer “pedreiro” e do alemão “metz”, significando “cortador de pedra”. O termo “maçom”, portanto, é aportuguesamento do francês, desdobrando-se em “maçonaria”, que significa “associação de pedreiros”.

Tornei-me “pedreiro” em 1978, na potência goiana Grande Oriente do Estado de Goiás, fundada em 26 de outubro de 1957, portanto, com 55 anos de existência, hoje tendo a ela jurisdicionadas 131 Lojas Maçônicas. Desde 1835, com a Loja “Azilo da Razão”, da Cidade de Goiás, à Loja “União Belavistense”, de Bela Vista de Goiás, recentemente oficializada. São cerca de 5 mil membros, que somados às mulheres das Fraternidades Femininas e aos jovens das Ordens Paramaçônicas, Ação Paramaçônica Juvenil, Filhas de Jó e Ordem DeMolay, ultrapassam 10 mil integrantes.

Constantemente comprometidos com causas sociais, filantrópicas e de aperfeiçoamento moral, intelectual dos seus componentes. Esforçam-se com fervor no cumprimento do dever. Condenam a exploração do homem e os privilégios. O posicionamento é de a corrupção, uso de drogas, violência e insegurança desenfreadas, imoralidade corrompendo a família e desvios políticos que mancham a nação brasileira.

O Grande Oriente do Brasil, maior potência maçônica da América Latina, fundado em 17 de junho de 1822, tem a ele federado os Grandes Orientes Estaduais, aos quais estão jurisdicionadas as Lojas Maçônicas.

Oriente é o lado do horizonte em que o sol aparece quando nasce. É o nascente, ponto cardeal onde surge o sol todas as manhãs. Oriente é, pois, o local onde as trevas da noite são primeiro vencidas pela luz do Astro Rei. Fazendo uma interpretação maçônica, o Grande Oriente é nascedouro de, tolerância, humildade e o principal entre os maçons, fraternidade.

O Grande Oriente do Estado de Goiás, fundado em 26 de outubro de 1957, tem um histórico anterior a esta data, conforme artigo do maçom e jornalista Irorê Gomes, filho de Pedro Gomes, que dá nome a um dos maiores colégios de Goiânia. O artigo intitulado “Fato Pouco Conhecido da Fundação do GOEG” foi publicado no Jornal Voz do Oriente, n° 26, de março/abril de 2000, na página 10 e relata:

“Traz à tona um desses fatos, fazendo justiça a quem dele participou. Fato inserido na cronologia dos primórdios da fundação do GOEG, quando se dava o 1° Congresso Maçônico, em Goiânia”.

“A mais remota informação sobre a origem do Grande Oriente do Estado de Goiás, em documento é encontrada no Livro n° 1 de Atas das Sessões Especiais da Loja Maçônica “Liberdade e União”, de Goiânia. Registrado está que, em sessão aberta às 15 horas, de 10 de novembro de 1946, compareceram pelo menos 127 maçons. Raimundo José Basílio, da Loja “União e Concórdia”, de Urutaí, como um de seus representantes no 1° Congresso Maçônico em Goiânia, que então se iniciava, propôs ficasse definitivamente assentada a criação do Grande Oriente Estadual, como órgão orientador da Maçonaria Goiana”.

”O Conclave foi aberto por João de Paula Teixeira Filho, da Loja “Liberdade e União”, tendo como secretários, Carlos Machado de Araújo, Joviano Rosa e Antônio Ferreira Pacheco. Convidado Alexandre Gabriel, Venerável da Loja “Ordem e Progresso”, assumiu a presidência”.

Registro que em 1946, representando as delegações, assinaram o documento os maçons Nazareno Fernandini, Maximiano de Souza Dias, João Pedatela, João de Macedo Menezes, João Craveiro de Sá, Mamede Calil, Francisco Rodrigues do Carmo, Moisés Costa, Guiomar Quinta, Divino José de Oliveira, Antônio Jorge Azzi, Geremias Martins, Edmundo Henrique Goulart Gonzaga, Luiz Guedes Santana, Iasser Calixto, Antônio Carneiro, Manoel Marçal, João de Faria, Antônio Abrão Guerra, Rosio Espoto, Raimundo José Basílio, Ezequiel Dantas, Orlando Pinheiro da Silva, Adalberto Pereira da Silva, Abílio da Silva Coelho, Dirceu Torres e Valdemar Bitencourt.

Raimundo José Basílio da Loja Maçônica União e Concórdia, fundada em 11 de junho de 1935, era homem simples, do interior do estado, sem nenhum título acadêmico. Na sessão extraordinária, em salão ocupado por mais de 120 pessoas, onde pontificavam maçons de reconhecido cabedal intelectual, não titubeou e teve coragem suficiente para ser o primeiro a lançar a histórica proposta da fundação do Grande Oriente do Estado de Goiás. De imediato entendida, recebeu apoio de Waltrudes Cunha Barbosa, Abrão Procópio Rabelo, Edmundo Pinheiro de Abreu, Antônio Jorge Azzi, Iasser Calixto, Luiz Guedes Santana e Joaquim Filho. Nesta data foi aprovada a tese de fundação e uma comissão para tratar dos assuntos sequenciais. 

“Esses os primeiros passos da marcha para a fundação do Grande Oriente do Estado de Goiás, hoje importante órgão da maçonaria brasileira. Teve início com a histórica e ousada proposta de Raimundo José Basílio, no princípio da tarde de 10 de novembro de 1946”. Ratificado e oficializado, onze anos depois, no dia 26 de outubro de 1957, conforme ata de sessão de outro Congresso, realizado no templo da Loja Maçônica “Liberdade e União”, assinada por maçons representativos e dos mais distantes pontos do estado de Goiás.

Nasseri Gabriel, José Cândido da Silva, Vivaldo Borges Campos, João de Macedo Menezes, Mário Gomes Pereira da Silva, Antônio Felix de Moura, Odorico Nery, Geraldo Ferreira Neto, Silvio Oppa, José Eustáquio Nascimento, Calil Musse, Joaquim Alves de Moura, Agenor Diamantino, Affonso Rodrigues do Carmo, Alexis Daher, Domingos G. Cabral, Nagib Daher, João Moreira Marques, Edmundo Pinheiro de Abreu, Elias Gomes de Oliveira Filho, Francisco Durval Veiga, Claudimiro Quirezzi, Omar Tavares da Silveira, Francisco Cândido de Oliveira, Clarindo José Teixeira, Afonso Rocha, Zaglul Daher, Joaquim Santana Filho, José Ely Otoni Pimenta, João Ferreira Machado, Crisólito Cecílio Nunes, Levino Albino de Faria, José de Melo Silva, José D. Galvão, João Pierobom, Joaquim Brandão Ferreira, Clodoveu Alves de Castro, J. Nicolau, Pedro Celestino da Silva Filho, Rubens Carneiro dos Santos, E. Carramaschi, Waltrudes Cunha, José Coelho de Oliveira, Garibaldi Rizzo de Castro, João Abrão Sobrinho.

Foram eleitos para o Grão Mestrado Estadual: Narreri Gabriel (1957 – 1963), Aryovaldo Tahan (1963 – 1966), Ascendino Celestino da Silva (1966 – 1969), Gumercindo Inácio Ferreira (1969 – 1972), Rubens Carneiro dos Santos (1972 – 1975), Jair Assis Ribeiro (1975 – 1979), Eurípedes Barsanulfo Junqueira (1979 – 1983), Chafic Gabriel (1983 – 1987 / 1991 – 1995), Ovídio Inácio Ferreira (1987 – 1990), João Mendonça Filho (1990 – 1991), José Ricardo Roquette (1995 – 1999), Alcides Luiz de Siqueira (1999 – 2003), Oclécio Pereira de Freitas (2003 – 2007) e Eurípedes Barbosa Nunes (2007 – 2011/ 2011 – 2015, eleito e reeleito).

Parabéns. É uma instituição presente na história do nosso estado. 




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