"QUANDO SE VÊ, JÁ TERMINOU O ANO..." | Artigo do Grão-Mestre Barbosa Nunes

sábado, 29 de dezembro de 2012

"QUANDO SE VÊ, JÁ TERMINOU O ANO..." | Artigo do Grão-Mestre Barbosa Nunes


Estamos no tempo de encerrar 2012, na expectativa do início de 2013. Pensamentos invadem o meu interior. Fico sensível e passo a refletir sobre o mistério do tempo. Saudades de muitos tempos.  Santo Agostinho afirmou: “Se ninguém me perguntar sobre o tempo, eu sei; mas, se alguém me puser a questão e eu quiser responder, já não sei”.

Pensamos que o tempo é fracionado. Tudo vai, tudo volta. Natal, Ano Novo. Ano velho se despedindo. Primavera, verão, outono, inverno e outra vez, tudo volta. O tempo é contínuo. Não fica restrito a momentos que nos dão a ideia de que parou, que muda de um dia, de um mês ou de um ano para outro. Rawy Shaaban aborda a questão da medição da passagem do tempo, feita com base na movimentação da Terra ao redor do Sol.

“Manhã, tarde e noite, estão relacionadas a presença ou ausência do Sol no céu, sugerindo que nossa percepção do tempo, como passado, presente e futuro, pode ser apenas uma ilusão criada por nossa mente em uma tentativa de entender o mundo em transformação que nos cerca”.  Então o tempo de cada um de nós é marcado por nós mesmos, pelas nossas vidas, pelo nosso caminhar, pelo preparo para percorrer o tempo. Por acontecimentos alegres e tristes.
 
Peço ao Grande Arquiteto do Universo que o tempo deste artigo, entre Natal e Ano Novo de 2012, possibilite reflexão a milhões de seres humanos, mesmo vivendo em um tempo de violência e desajuste. Que seus corações se abram e se retemperem para enfrentarem um novo ano que se aproxima com sonhos e metas a se concretizarem e fé no Criador. Que Ele nos conduza pelo nosso tempo de 2013.

Energizado e sensibilizado, amparo-me e envio a você que me distingue com sua qualificada leitura neste espaço, Opinião Pública, único da imprensa brasileira, disponibilizado à comunidade, luzes de Chico Xavier, neste texto que é uma prece.

“Que Deus não permita que eu perca o romantismo, mesmo eu sabendo que as rosas não falam. Que eu não perca o otimismo, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre.  Que eu não perca a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa... Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas... Que eu não perca a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda.

Que eu não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia. Que eu não perca a vontade de amar, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim... Que eu não perca a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos... Que eu não perca a garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos.

Que eu não perca a razão, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas. Que eu não perca o sentimento de justiça, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu. Que eu não perca o meu forte abraço, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos... Que eu não perca a beleza e a alegria de ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...  Que eu não perca o amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia. Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado. Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo sabendo que o mundo é pequeno... E acima de tudo...

Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois a vida é construída nos sonhos e concretizada no amor”.

Mário Quintana, poeta e jornalista gaúcho, também falou sobre o tempo com alma e sentimento:

“Quando se vê, já são seis horas! Quando se vê, já é sexta-fera! Quando se vê, já é Natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê, passaram 50 anos! Não deixe de fazer algo de que gosta devido a falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo. A única falta que terá, será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará”.

Minha mensagem final. O tempo não para, não espera por nossas decisões e escolhas. É preciso viver com certeza e verdade cada dia, como se fosse o último. Que 2013 aconteça com saúde e paz para todos.


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